sábado, 15 de agosto de 2009

Roubo de Carga - uma situação preocupante

A crescente estatística de roubo de carga em trânsito, pelas nossas estradas e ruas das cidades, está preocupante. As quadrilhas estão cada vez mais especializadas e equipadas, com um verdadeiro aparato logístico para reger toda a operação. São armas e equipamentos de comunicação de última geração. Todos os componentes do bando tem sua função previamente determinada, fazendo com que a ação dure pouco tempo.
Pela triste estatística, teve um roubo de carga a cada duas horas no ano de 1999.
No desbaratamento daquela quadrilha na região norte do país, deu para ver que tem muita gente poderosa envolvida no comando das operações e com ramificação em todo país.
Preocupada com isso, a CNT - Confederação Nacional do Transporte, já enviou um ofício ao Congresso Nacional, relatando o problema e pedindo providências.
Até nossos portos que seriam teoricamente mais fáceis de serem vigiados, por serem fixos, vem sendo alvos de ataques de piratas, que agem na calada da noite, vindo por lanchas e indo direto para os navios que mais lhe interessam, como os de eletro-eletrônicos, por exemplo.
Tanto nos ataques aos navios, como nos ataques aos caminhões, é evidente que a informação do conteúdo das cargas foi passada por alguém que sabia.
Em São Paulo já existe uma divisão da polícia, destinada as investigações dos roubos de cargas. Só que as transportadoras desejam uma ação mais preventiva. Enquanto as quadrilhas atacam com metralhadoras, fuzis e granadas, cada policial rodoviário tem um revólver calibre 38.
Como as seguradoras estão evitando de aceitar seguro para cargas muito visadas, como medicamentos, eletro-eletrônicos e cigarros, as transportadoras buscaram alternativas para tentar minimizar o problema, como :

  • Usar computador de bordo para rastreamento por rádio ou satélite. Desta maneira monitoram desvios de rota, mas não resolve o problema, quando as cargas são transferidas para outro caminhão em um curto espaço de tempo. Só assegura a recuperação do caminhão;
  • Escolta com veículos especiais de segurança para acompanhamento. Parece ser a mais eficiente, porém eleva demais o custo do transporte;
  • Comboio de caminhões. Consiste em ter um determinado número de veículos viajando juntos, alternando periodicamente as posições na fila e guardando uma certa distância entre cada um. Se algum motorista notar algo suspeito, já dá o alarme para os demais e assim seguem os procedimentos combinados com o escritório;
  • Fracionamento de cargas visadas. Ao se misturar cargas visadas com outras comuns, consegue-se despistar a atenção e também limitar o prejuízo, em caso de roubo;
  • Horários e percursos diferenciados. Fazer com que deixe de haver uma rotina nos horários e nos percursos, dificulta a ação das quadrilhas pelo elemento surpresa.
O problema é sério e requer uma ação conjunta entre a sociedade e o governo.
Temos visto iniciativas interessantes, como a de uma empresa que administra a rodovia Castelo Branco, interior de São Paulo, com o monitoramento por câmeras espalhadas em toda a estrada.
Enquanto tiver receptadores para as cargas roubadas, com certeza este filão continuará a ser bastante atraente para as quadrilhas.

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